12.7.13

O inesperado



Não encaro o inesperado como “acaso”, para mim o acaso, são fatos que acontecem para apreender algo.

Por exemplo; sempre tive e pensava em cachorro como único como bicho de estimação, porém hoje tenho uma gata,( ela estava sozinha em um dia muito frio em Janeiro de 2004, não resisti, a chamei e ela veio, nossos caminhos se cruzaram), com o tempo aprendi que gatos são carinhosos, percebem  quando você está chateadinha, ficam do seu lado, sempre te observando, mesmo quando você pensa que eles estão “dormindo”. 

A minha me espera chegar todos os dias,  quase sempre está no jardim de inverno que dá para ver o caminho da entrada do prédio que moro, quando abro a porta do apartamento, ela está lá, me dizendo “Oi”.

Temos uma relação de amor e ás vezes de “ódio”, só quando ela faz coisinhas que me irritam, mas ela vem com seu olhos verdes que esqueço tudo.

Com a minha gata fica claro que melhores amigos não significa estar sempre junto, grudados, que a individualidade de cada um é fundamental, e cada um te oferece o que pode e não o que tem.

No domingo aconteceu algo quase parecido, voltando da minha corrida, lá estavam os três no chão e dois gatos de olho na caça, não pensei de novo, afastei os gatos e os peguei com cuidado para eles não se sentirem mais assustado que já estavam, só tinha um detalhe como alimentá-los?!?!?, dei pão úmido e água, mesmo assim as criaturinhas não paravam de piar, eu pensava, tomara que acalmem até segunda, assim posso comprar o que precisam. A noite escureci tudo e eles dormiram.

 

Na segunda de manhã ainda dei comida, mas tinha um menorzinho, esse já no domingo não comia e nem queria beber água, e continuou assim. Comprei o que precisavam e assim que cheguei em casa fui alimentá-los, o menorzinho, o coloquei em um ninho improvisado para ele se acalmar, mas debilitado que já estava não resistiu, é faleceu!!!. O enterrei com dignidade, não teria coragem de jogar fora como “lixo”.

Os outros dois, comiam sem parar, então comecei alimentá-los em uma-uma hora. Eles estão fortinhos e tentam ser independente, mas ainda não comem sozinho, espero que consigam em breve voar e lembrarem que sempre haverá comida para eles em minha sacada.

O interessante é, que mesmo que nossa linguagem não seja a mesma, nós comunicamos e o laço de “amizade” e confiança cresce a cada dia, para isso é preciso ter paciência e respeito pelo mais frágil. Isso serve também na vida, encontramos pessoas diferentes de nós, o Respeito pelo próximo é o mínimo que podemos oferecer. 




(Por favor, não confundam Respeito com Dó, quando penso na palavra Respeito e tratar o próximo com dignidade, sentir ou ter Dó para mim é ser muito medíocre e hipócrita!)

Um comentário:

Anônimo disse...

A Tigi gostou da ideia de novos hospedes tão apetitosos?